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Mostrando postagens de dezembro, 2010

Um conto, um canto de solidão.

Este conto foi-me enviado pela própria autora, Lucinda Prado, que, a exemplo do conto anterior, publico para compartilhar essa maravilha com vocês. Aproveitem e deleitem-se. Ela não sabia como chegara naquela cidade fantasma. Cidade, essa, que um dia estava repleta de vida, mas agora, quanta desolação, quanto abandono. Ela caminha no seu andar pesado, cansado, sofrido, quase sem forças para se arrastar pelas ruas abandonadas. Uma força a arrasta para frente de um casarão abandonado, sem a exuberância de outrora. Os jardins em matagais, com seus bancos em desmoronamento. Não se ouve mais o canto da passarada, nem tão pouco o riso distante de crianças, nem o latir do cão anunciando sua chegada. Cansada e faminta ela empurra o velho portão, que parece gritar de dor, quando ela força uma passagem para adentrar no seu quintal. Ela se arrasta para a sombra de uns arvoredos que insistem em permanecer em pé, alheios a desolação do ambiente. Deixa-se escorregar em suas sombras, uma espé

ACABATIVA

Meus amigos, Mais uma vez trago um texto que recebi, achei muito interessante e divido com vocês. Como estou impossibilitado de ficar escrevendo em função de uma lesão nos membros superiores, mas já estou em tratamento e em breve voltarei a escrever meus textos e apresentarei novidades para vocês, poucos, mas sinceros leitores. Vamos ao texto de Luciano Pires enviado por Lucinda Prado via Clube Caiubi. Mais um final de ano, tempo em que tomamos aquelas decisões que sempre deixamos para trás, sabe como é? Ano que vem vou perder peso, virar palestrante, deixar de fumar, mudar de emprego, mudar de amor, mudar de país... mudar, mudar, mudar. E doze meses depois olhamos pra trás e constatamos que não conseguimos fazer o que dissemos que íamos fazer. Faltou acabativa. Anos atrás encontrei num texto de Stephen Kanitz essa palavra genial: “acabativa”, que não existe nos dicionários. Sua oposição ao termo “iniciativa” explicita o conceito do fazer acontecer com clareza absoluta: “Chega de

de “O Arroz de Palma, de Francisco Azevedo”

Mais um texto que recebi por e-mail e que, pedindo licença ao autor, publico aqui porque achei muito interessante nesse momento em que a instituição família está com valores diferentes de algum tempo atrás em que os mais velhos tinham sempre razão, porém alguns tinham o bom senso de olhar em volta. Vamos ao texto. Família é prato difícil de preparar . São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fula

Pensamento

"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer" Albert Einstein Pensem nisso, Carlinho Motta