Pular para o conteúdo principal

Uma Tragédia Anunciada - Prevista há 9 meses Atrás.


Meus amigos e leitores,
Este texto foi-me enviado por um primo que solicitou a autorização do autor para que fosse publicado aqui.
Segue o texto.
"Por Plínio Tourinho
 
Escrevi este texto há 9 meses atrás. Infelizmente o que eu previa acabou acontecendo.
É mais do que chegada a hora de revermos a questão da segurança de encostas em Teresópolis.

As Chuvas e as Encostas. Fatalidade???

Desde o dia 06/04 o Estado do Rio de Janeiro vem contabilizando seus mortos, vítimas do pior temporal que se abateu sobre o Estado nos últimos 44 anos. Só na Cidade de Niterói foram 107 mortos, podendo este número triplicar caso se confirme as previsões de cerca de 200 pessoas soterradas no Morro do Bumba. Deus Queira que não!!!
 
As mortes ocorridas neste grande temporal seriam frutos de uma Fatalidade??? Creio que não, até porque, a imprensa noticiou que as autoridades responsáveis pela Defesa Civil reconhecem que de cada 10 mortes contabilizadas, 8 ocorreram em áreas de risco e foram ocasionadas por deslizamentos de encostas.
 
Os mais desavisados poderiam então concluir que todos estes mortos foram vítimas de uma “fatalidade”. Ora, no caso das mortes ocorridas em áreas de riscos decorrentes de escorregamentos das encostas, falar em “Fatalidade” é no mínimo uma falácia promovida por administradores irresponsáveis e inconseqüentes, pois por definição, FATALIDADE é um acontecimento que não se pode evitar, adiar ou alterar, o que não é o caso das ocupações irregulares de encostas e muito menos o escorregamento das mesmas. No caso de escorregamentos de encostas, a única coisa que não é “previsível” com exatidão é o momento em que ela ocorrerá, porém, que ela ocorrerá é totalmente previsível e em quais condições esta ocorrerá.

Diante dos fatos noticiados não temos a menor dúvida que cabe responsabilidade pelas mortes a aqueles que ocuparam de forma irregular as encostas das Cidades, sendo estes, mesmo que de forma inconsciente, agentes causadores desta tragédia, no entanto, tão culpado ou mais, surge a figura do administrador municipal que por OMISSÃO ou até mesmo por objetivos ELEITOREIROS e DEMAGÓGICOS deixou de exercer o seu papel de “Polícia” e permitiu as ocupações quedando-se inerte diante da usurpação do espaço público.

Onde quero chegar com este texto?
Cada dia que passa mais me convenço que Teresópolis tem muito mais que o “Dedo de Deus”, ele pessoalmente se encarrega de “olhar” por nós, pois passamos incólumes por todo este turbilhão que se abateu sobre o Estado e que não poupou sequer a nossa Vizinha Petrópolis.

Termos passado ilesos em nada me conforta, muito pelo contrário, me angustia cada vez mais, pois somos Candidatos Potenciais a reproduzir catástrofes nas mesmas proporções de Niterói. Hoje temos nossas encostas tomadas por construções inseguras, irregulares ou não, em flagrante situação de risco e, o que é pior, não vemos ou mesmo escutamos notícias de que a Municipalidade está agindo para minimizar ou eliminar este problema.

Esta certo que o que vemos em nossas encostas é fruto da INSANIDADE e IRRESPONSABILIDADE demagógica de inúmeros Governos Populistas que tivemos na Cidade, nem por isto, deixará de ter responsabilidade a atual administração em uma eventual catástrofe, se confirmada a sua inércia. Lembro-me que foi “Promessa” de Campanha da atual administração a construção de casas populares, visando exatamente à remoção de famílias instaladas em áreas de risco. Decorridos 15 meses da atual administração e não vimos qualquer ação neste sentido.

“Cuidar Bem das Pessoas” é garantir-lhes Bem Estar e acima de tudo Segurança e não será pintando meio fio, fazendo “obrinhas meia-boca” ou mesmo reformulando a Lúcio Meira (Já em processo de licitação) que vamos garantir a Segurança necessária a população.

Não quero aqui “Profetizar”, mas sim, alertar para os riscos a que parte da população está exposta com base na experiência que adquirimos ao longo de 20 anos lidando com obras públicas, inclusive Geotecnia.
Lembramos que cerca de 25% de nossa população vive em áreas classificadas como favelas e que não oferecem infra-estrutura mínima que afastem os riscos de catástrofes.

Administrar é antever conseqüências e corrigir erros. Culpar o passado por eventuais Catástrofes é assinar atestado de INCOMPETÊNCIA.

Espero que a atual administração saia o quanto antes do discurso de palanque para a ação efetiva de “Cuidar bem das pessoas”, antes que tenhamos que lamentar e contar nossos Mortos, tal qual faz Niterói e Rio de Janeiro atualmente.

Não esperamos solução mágica para um problema que se arrasta a Décadas e alimenta a “Indústria” do voto. O que esperamos é que o problema das encostas seja tratado, no mínimo, com a seriedade que o problema requer.

Esta é a minha opinião como Técnico e como Cidadão."

 
Bom, como pudemos ler, estamos na expectativa de que mais uma promessa saia do papel e entre efetivamente na fase de execução. Não vamos esperar que aconteça mais e mais tragédias para que posssamos cobrar mais atitudes daqueles que nos representam e que são pagos por nós para fazer o que é preciso.

Fiquem com Deus eaté a próxima,

Carlinho Motta

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Enquanto nós brasileiros reclamamos...

OLHA O QUE UMA ESCRITORA HOLANDESA FALOU DO BRASIL LEIA COM BASTANTE ATENÇÃO Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado. Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado. Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne. Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta. Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mes...

DOAÇÃO

Mais uma solicitação que recebo e publico aqui para que possamos divulgar para o máximo de pessoas possível. Caros companheiros de vida, Não estamos pedindo dinheiro!!! rssss : ) Um irmãozinho nosso, de apenas 8 meses ("GUILHERME") está vivenciando uma situação de momentânea falta de saúde (ele vai ficar bom!). E a cura definitiva é através do transplante de medula óssea. Para isso, o Gui precisa encontrar um doador 100% compatível com a sua medula. Esta doação é extremamente simples, não oferecendo nenhum risco de vida ao doador, que logo após a doação volta a sua vida normal (a medula é totalmente reconstituída em 3 dias). Desta forma, além das orações e torcida, não só pelo "GUI", mas também por todos que estão sofrendo da mesma doença, peço encarecidamente que todos se cadastrem como possíveis doadores de medula óssea no instituto de hematologia de sua cidade (no caso do Rio, o HemoRio ou INCA). O doador deve ter entre 18 e 55 anos e a princípio não há...

Feijões ou Problemas

Reza a lenda que um monge, próximo de se aposentar, precisava encontrar um sucessor. Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um poderia sucedê-lo. Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio, para colocar a sabedoria dos dois à prova: ambos receberiam alguns grãos de feijão que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreender a subida de uma grande montanha. Dia e hora marcados, começa a prova. Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor. Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista. Prova encerrada, todos de volta ao pé da montanha, para ouvir do monge o óbvio anúncio. Após o festejo, o derrotado aproxima-se e pergunta como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos: - Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei - foi a resposta. Carregando feijões ou ...