Mais uma vez um exemplo de impunidade.
Mais uma vez recebemos a notícia de que foi cometido um erro e os personagens desta história saem impunes.
O caso do piloto Nelsinho Piquet é mais um exemplo de impunidade que presenciamos. A exemplo do que aconteceu no passado com os pilotos Rubens Barrichello e Michael Schumacher quando um deixou o outro passar, permitindo que o segundo fosse campeão. Logo depois assistimos aquela vergonhosa cena do “campeão” fazendo com que o “segundo lugar” subisse ao degrau mais alto do pódio, tentando cobrir a vergonha que foi aquele episódio.
Um fato não é mais ou menos grave que o outro. O esporte foi roubado. As pessoas que pagam seus ingressos são lesadas quando uma atitude desta é tomada.
Um caso no Brasil que não ficou impune foi o do árbitro de futebol que foi punido por causa da venda de resultado.
Pois é, não é só no Brasil que temos cenas que afrontam a nossa capacidade intelectual. As histórias se repetem no mundo inteiro. Basta ter dinheiro envolvido que logo aparece quem quer levar vantagens.
Não seria melhor que estes “campeões” treinassem mais para que conquistassem seus prêmios validados com o sucesso de uma vitória real, sem manipulação? Não seria melhor e mais honesto ganhar um segundo lugar, cujo valor da conquista também é alto, do que barganhar um acidente ou ultrapassagem na última volta?
Estamos vivendo momentos difíceis e não vemos solução aparente.
Recentemente, em uma conversa com um amigo, ouvi a maior verdade sobre a conduta das pessoas: “O pais estão tão afastados dos seus filhos que compensam esta falta com concessões perigosas”.
Tudo que nossos filhos pedem, nos esforçamos para dar. Queremos dar a eles tudo o que não tivemos. Tentamos ser diferente de nossos pais, cobrindo nossos filhos com todo tipo de novidade.
- Pai saiu um tênis novo da marca XYZ
Nós vamos lá e compramos
- Pai tem um novo computador modelo WJK.
Logo corremos para a loja a fim de comprar a última geração sendo que isto leva a criança a acreditar que as coisas caem do céu, que na vida é fácil conseguir as coisas, mas quando são contrariados têm atitudes agressivas, as vezes até com seus pais ou avós.
Temos assistido muitas reportagens falando sobre jovens de classe média/alta que se envolvem em brigas, jovens que são massacrados por meninos riquinhos.
A autora Glória Peres tem por hábito colocar em suas novelas cenas que retratam a realidade. Em sua última obra incluiu um personagem jovem cujos pais eram os maiores incentivadores das barbaridades cometidas por seu “menino”, dando carro novo para ele sair com sua tropa a fim de “zoar” pelas ruas, correndo e colocando em risco a vida de pessoas inocentes.
Quando foi pego, por ter atropelado uma mulher grávida que veio a perder seu filho no acidente, foi condenado a prestar serviço comunitário.
Seus pais ficaram indignados com a sentença dizendo que não era justo um “criança” pagar uma pena tão cruel.
Este exemplo já foi visto nos telejornais. Aqueles mesmos jovens que maltrataram uma mulher que estava no ponto do ônibus, esperando a condução que a levaria para casa e ser recebida por sua família, depois de um dia de trabalho.
A justificativa, ratificada por alguns dos pais, era a de que acreditavam ser uma prostituta, como se a escolha que uma pessoa faz para ganhar a vida fosse motivo para ser ou não espancada.
Desculpa esfarrapara, pois o que eles queriam mesmo era “zoar” um pouquinho com uma pessoa que eles julgam não ter sentimento.
Mas logo aparece um grupo para defender a “dignidade humana” destes que, de humanos não têm nada, deveriam pagar por seus crimes, mas têm suas penas reduzidas por “bom comportamento”.
Bom comportamento foi o que eles não tiveram ao agredir aquela senhora, trabalhadora, que paga seus impostos para alimentar os seus torturadores nas cadeias. É com o dinheiro do nosso trabalho que são alimentado estes bárbaros. Nós é quem pagamos a conta para que eles tenham tempo de preparar e tramar agressões gratuitas. Nós é quem ficamos com o ônus da incompetência legislativa e gerencial do nosso país. Nós é que ficamos a mercê da vontade dos nossos representantes que criam leis para salvar a própria pele dos desmandos cometidos por eles e que é muito bem reportados pela imprensa.
Se tivéssemos leis mais severas, se o crime fosse caro para estes bandidos, como disse um ex-secretário de segurança de São Paulo, referindo-se aos bárbaros que invadiram casas na cidade e torturaram moradores, a população talvez tivesse mais traquilidade. Talvez pudéssemos sair de casa com a certeza de que voltaríamos a ver nossa família.
Talvez, quem sabe, ainda teremos um país mais justo.
Neste texto coloquei minha indignidade com o que tem acontecido e não encontramos respostas.
Continuo com a esperança de poder sair a rua com meu carro sem aquela película escura que só atrapalha a visão, apesar de proteger “um pouquinho” nossos rostos destes...
Abraços em todos e até a próxima.
Carlinho Motta
Mais uma vez recebemos a notícia de que foi cometido um erro e os personagens desta história saem impunes.
O caso do piloto Nelsinho Piquet é mais um exemplo de impunidade que presenciamos. A exemplo do que aconteceu no passado com os pilotos Rubens Barrichello e Michael Schumacher quando um deixou o outro passar, permitindo que o segundo fosse campeão. Logo depois assistimos aquela vergonhosa cena do “campeão” fazendo com que o “segundo lugar” subisse ao degrau mais alto do pódio, tentando cobrir a vergonha que foi aquele episódio.
Um fato não é mais ou menos grave que o outro. O esporte foi roubado. As pessoas que pagam seus ingressos são lesadas quando uma atitude desta é tomada.
Um caso no Brasil que não ficou impune foi o do árbitro de futebol que foi punido por causa da venda de resultado.
Pois é, não é só no Brasil que temos cenas que afrontam a nossa capacidade intelectual. As histórias se repetem no mundo inteiro. Basta ter dinheiro envolvido que logo aparece quem quer levar vantagens.
Não seria melhor que estes “campeões” treinassem mais para que conquistassem seus prêmios validados com o sucesso de uma vitória real, sem manipulação? Não seria melhor e mais honesto ganhar um segundo lugar, cujo valor da conquista também é alto, do que barganhar um acidente ou ultrapassagem na última volta?
Estamos vivendo momentos difíceis e não vemos solução aparente.
Recentemente, em uma conversa com um amigo, ouvi a maior verdade sobre a conduta das pessoas: “O pais estão tão afastados dos seus filhos que compensam esta falta com concessões perigosas”.
Tudo que nossos filhos pedem, nos esforçamos para dar. Queremos dar a eles tudo o que não tivemos. Tentamos ser diferente de nossos pais, cobrindo nossos filhos com todo tipo de novidade.
- Pai saiu um tênis novo da marca XYZ
Nós vamos lá e compramos
- Pai tem um novo computador modelo WJK.
Logo corremos para a loja a fim de comprar a última geração sendo que isto leva a criança a acreditar que as coisas caem do céu, que na vida é fácil conseguir as coisas, mas quando são contrariados têm atitudes agressivas, as vezes até com seus pais ou avós.
Temos assistido muitas reportagens falando sobre jovens de classe média/alta que se envolvem em brigas, jovens que são massacrados por meninos riquinhos.
A autora Glória Peres tem por hábito colocar em suas novelas cenas que retratam a realidade. Em sua última obra incluiu um personagem jovem cujos pais eram os maiores incentivadores das barbaridades cometidas por seu “menino”, dando carro novo para ele sair com sua tropa a fim de “zoar” pelas ruas, correndo e colocando em risco a vida de pessoas inocentes.
Quando foi pego, por ter atropelado uma mulher grávida que veio a perder seu filho no acidente, foi condenado a prestar serviço comunitário.
Seus pais ficaram indignados com a sentença dizendo que não era justo um “criança” pagar uma pena tão cruel.
Este exemplo já foi visto nos telejornais. Aqueles mesmos jovens que maltrataram uma mulher que estava no ponto do ônibus, esperando a condução que a levaria para casa e ser recebida por sua família, depois de um dia de trabalho.
A justificativa, ratificada por alguns dos pais, era a de que acreditavam ser uma prostituta, como se a escolha que uma pessoa faz para ganhar a vida fosse motivo para ser ou não espancada.
Desculpa esfarrapara, pois o que eles queriam mesmo era “zoar” um pouquinho com uma pessoa que eles julgam não ter sentimento.
Mas logo aparece um grupo para defender a “dignidade humana” destes que, de humanos não têm nada, deveriam pagar por seus crimes, mas têm suas penas reduzidas por “bom comportamento”.
Bom comportamento foi o que eles não tiveram ao agredir aquela senhora, trabalhadora, que paga seus impostos para alimentar os seus torturadores nas cadeias. É com o dinheiro do nosso trabalho que são alimentado estes bárbaros. Nós é quem pagamos a conta para que eles tenham tempo de preparar e tramar agressões gratuitas. Nós é quem ficamos com o ônus da incompetência legislativa e gerencial do nosso país. Nós é que ficamos a mercê da vontade dos nossos representantes que criam leis para salvar a própria pele dos desmandos cometidos por eles e que é muito bem reportados pela imprensa.
Se tivéssemos leis mais severas, se o crime fosse caro para estes bandidos, como disse um ex-secretário de segurança de São Paulo, referindo-se aos bárbaros que invadiram casas na cidade e torturaram moradores, a população talvez tivesse mais traquilidade. Talvez pudéssemos sair de casa com a certeza de que voltaríamos a ver nossa família.
Talvez, quem sabe, ainda teremos um país mais justo.
Neste texto coloquei minha indignidade com o que tem acontecido e não encontramos respostas.
Continuo com a esperança de poder sair a rua com meu carro sem aquela película escura que só atrapalha a visão, apesar de proteger “um pouquinho” nossos rostos destes...
Abraços em todos e até a próxima.
Carlinho Motta
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